
Nos primeiros cinco meses deste ano, foram instaladas cerca de 70 placas de “Ambiente Silencioso” em diversas regiões de Criciúma, ao Sul de Santa Catarina. A iniciativa tem como objetivo garantir o bem-estar e o respeito às pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).
As sinalizações, posicionadas pela DTT (Diretoria de Trânsito e Transporte), seguem o padrão do Código Brasileiro de Trânsito e são destinadas a indicar áreas onde há moradores diagnosticados com TEA, limitando a emissão de ruídos em um raio de até 200 metros da residência.
Moradores autistas de Criciúma podem solicitar a placa de forma online 2z3c2o
A solicitação da placa pode ser feita de forma online, por meio da abertura de protocolo no sistema G-doc, disponível no site oficial da prefeitura, ou presencialmente, no órgão de trânsito de Criciúma.
Para o requerimento, é necessário apresentar o laudo médico com CID mostrando a condição da pessoa com TEA, comprovante de residência atualizado e documento de identificação com foto.
Após a solicitação, o pedido segue para análise técnica do setor de Engenharia da Diretoria de Trânsito e Transporte e, posteriormente, para execução pela Secretaria de Infraestrutura.

É importante destacar que apenas moradores autistas de Criciúma têm o direito de solicitar e obter a identificação especial.
Gesto de empatia com as famílias 6s4u68
Segundo o prefeito da cidade, Vagner Espindola, as placas não são apenas uma sinalização de trânsito, mas sim um gesto de empatia com as famílias e com as pessoas com autismo.
“Criciúma está dando um o importante para ser uma cidade ainda mais inclusiva. Queremos que essas pessoas se sintam acolhidas e respeitadas em todos os locais públicos da cidade”, destaca.
As placas visam a proteção, especialmente de pessoas com sensibilidade auditiva acentuada, como muitas com TEA, para quem ruídos excessivos podem gerar crises, desconforto intenso e até episódios de sofrimento emocional.

Segundo o diretor da DTT, sargento Edno Dutra, a iniciativa é um reflexo do avanço da consciência social.
“As placas são uma ferramenta educativa de respeito. Nosso trabalho agora é também reforçar a fiscalização e a orientação à população”, afirma. “Perturbações do sossego e poluição sonora são íveis de penalidade, e o descumprimento dessas regras pode ser enquadrado tanto como contravenção penal quanto como crime ambiental”, finaliza.