
A Polícia Federal (PF) realizou uma nova operação contra o tenente-coronel Mauro Cid nesta sexta-feira (13). Um dos motivos da ação foi a viagem recente da família do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) aos Estados Unidos, o que levantou suspeitas sobre um possível plano de fuga.
No dia 30 de maio, os pais de Cid, sua esposa e uma das filhas embarcaram para Los Angeles. Segundo a defesa, o motivo da viagem foi a celebração da formatura de um sobrinho e o aniversário de 15 anos de uma sobrinha. A família possui agens de ida e volta e não há restrições legais para que eles saíssem do país. O retorno está previsto para 20 de junho.
Mauro Cid estava planejando deixar o Brasil? 9301y
A PF investiga se Mauro Cid estava planejando deixar o Brasil. Na manhã desta sexta, agentes cumpriram mandado de busca na casa dele, em Brasília, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Cid também foi convocado para prestar novo depoimento.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva de Mauro Cid e do ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, por suspeita de tentativa de fuga. Apenas Gilson foi preso até o momento.
Segundo a PGR, Machado teria tentado obter um aporte português para Mauro Cid no consulado de Portugal no Recife, no dia 12 de maio. O documento não chegou a ser emitido. Para o procurador-geral Paulo Gonet, há indícios de tentativa de obstrução de investigação e favorecimento pessoal.

Suposta trama golpista 6p5834
Mauro Cid é réu colaborador na ação penal que investiga uma suposta trama golpista. A proximidade do fim da fase de instrução do processo aumentou a preocupação das autoridades com uma possível fuga.
A defesa do militar nega qualquer intenção de deixar o país ilegalmente e afirmou que Cid solicitou cidadania portuguesa porque sua família já possui a nacionalidade. Ele obteve a identidade portuguesa, mas o documento não permite cruzar fronteiras.
A delação de Mauro Cid pode ser cancelada caso fique comprovado que ele mentiu ou tentou atrapalhar as investigações. O STF segue analisando o caso.
*Com informação de Estadão Conteúdo