Paulo Rolemberg

[email protected] Bastidores, notícias e análises de assuntos relevantes do mundo político de Santa Catarina e do Brasil. Sergipano e apaixonado por Santa Catarina.


Universidade Gratuita: fiscalização ineficaz é cúmplice das fraudes 3s3u5g

É preciso dizer com clareza: o problema não está na ideia do Universidade Gratuita, mas na forma como ela vem sendo conduzida por algumas instâncias do próprio Estado.

Jorginho Mello determinou que Polícia Civil investigue possíveis fraudes no Universidade Gratuita - Foto: Divulgação/GOVSCJorginho Mello determinou que Polícia Civil investigue possíveis fraudes no programa – Foto: Divulgação/GOVSC

O programa Universidade Gratuita, em Santa Catarina, é uma iniciativa transformadora. A escolha pelo investimento na formação superior gratuita é louvável e merece reconhecimento. No entanto, por mais nobre que seja o propósito, falha o governo do Estado quando não assegura uma liderança firme e eficaz na execução e fiscalização do programa.

É preciso dizer com clareza: o problema não está na ideia em si, mas na forma como ela vem sendo conduzida por algumas instâncias do próprio Estado.

A Secretaria de Educação não assumiu plenamente seu papel de liderança e controle. A Acafe (Associação Catarinense das Fundações Educacionais), por sua vez, também não exerceu sua função com a firmeza necessária.

E, mais grave ainda, as instituições de ensino, que são corresponsáveis pelo processo, falharam no cumprimento dos critérios e no zelo pelo recurso público. Se são responsáveis pela execução, devem também ser responsabilizadas quando negligenciam.

A auditoria do TCE-SC (Tribunal de Contas do Estado), que apontou possíveis irregularidades em quase metade das bolsas concedidas no Universidade Gratuita, é um alerta inadiável. Os indícios de fraudes documentais ou de falsidade na concessão do benefício são extremamente graves, e os responsáveis devem ser punidos.

No entanto, o problema vai além dos alunos que, eventualmente, agiram de má-fé. Há falhas estruturais nos mecanismos de controle e nos critérios de seleção adotados, o que compromete não apenas a justiça do programa, mas também sua credibilidade.

Por isso, é importante frisar: não se trata aqui de criticar o programa em si, mas de fazer uma constatação útil para evitar distorções na interpretação de seus objetivos. A clareza quanto ao propósito da política pública é essencial para definir bons critérios de seleção, garantir que o benefício chegue à população realmente alvo e minimizar os riscos de fraudes.

O sucesso da Universidade Gratuita depende da correção urgente dessas falhas e da responsabilização de todos os envolvidos – inclusive das instituições que falharam no seu dever.

Se queremos um programa sólido, justo e sustentável, é preciso coragem para fazer os ajustes necessários. O governo acertou ao criar a política. Agora, precisa acertar também na sua execução.

Diagnóstico v3fa

A OAB/SC está elaborando um diagnóstico do sistema de justiça no Estado. O documento será entregue ao Judiciário como contribuição para melhorias. A consolidação dos dados, com a coordenação do presidente, Juliano Mandelli, envolve os diretores Adriano Tavares (Estadual), Jorge Mazera (Federal), Luis Irapuan Bessa Neto (Eleitoral) e Rejane Sánchez (Trabalho). Entre os pleitos, estão novas varas, mais servidores e padronização de procedimentos.

Retenção bilionária 716e32

A Uvesc enviou ofício ao governo de SC e ao TCE-SC solicitando esclarecimentos sobre a possível retenção de R$ 1,5 bilhão do ICMS que deveria ser reado aos municípios. A entidade aponta possível violação constitucional e cita jurisprudência do STF que reforça a obrigatoriedade do ree. Questiona ainda o montante retido, o período da retenção e os fundamentos legais da medida.

Há uma preocupação com os impactos nos orçamentos municipais, especialmente em áreas como saúde e educação. A presidente Marcilei Vignatti defende transparência e diálogo institucional para fortalecer o pacto federativo.

Contra 3q3j1x

O senador Esperidião Amin, filiado à Apufsc (Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina), votou contra a mudança do nome do campus da UFSC em Florianópolis. A consulta foi organizada pelo sindicato a pedido de ex-reitores, com base no estatuto da entidade. Amin declarou convicção em seu voto “não”. A iniciativa busca aferir a opinião pública sobre a possível alteração.

Participe do grupo e receba as principais notícias
de política na palma da sua mão.
Entre no grupo Ao entrar você está ciente e de acordo com os
termos de uso e privacidade do WhatsApp.