Você sofre com rinite alérgica? 18 Dicas para respirar mais saúde 1s406

A rinite alérgica é uma doença inflamatória da mucosa do nariz, sendo uma condição extremamente prevalente no Brasil. Estima-se que mais de 30% da população seja afetada por esta enfermidade. Fique atento às dicas da médica otorrinolaringologista, Dra. Fernanda Fiorese Philippi.

Crises de rinite alérgica podem ser amenizadas – Foto: DivulgaçãoCrises de rinite alérgica podem ser amenizadas – Foto: Divulgação

Dentre os principais sintomas da rinite alérgica estão: congestão nasal, espirros, coceira no nariz, nos olhos, garganta e ouvidos, presença de secreção nasal transparente (coriza). Estes sintomas podem estar todos presentes simultaneamente ou não. 

A rinite alérgica é uma condição que reduz em muito a qualidade de vida do paciente, gerando um baixo rendimento escolar, faltas no trabalho, dificuldade no sono e na prática de atividades físicas. 

Várias substâncias podem desencadear as crises de alergia, dentre elas: pólens, barata, fungos, pelos de cães e gatos, e especialmente os ácaros.

Os ácaros são pequenos aracnídeos que costumam proliferar em ambientes quentes e úmidos, e são um dos grandes desencadeantes de crises de rinite alérgica.

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Separamos 18 dicas de cuidados no ambiente doméstico que você já pode adotar para diminuir a frequência e intensidade das crises, através da redução da exposição aos alérgenos e irritantes:

  • Forre o seu colchão e travesseiro com material impermeável ou utilize capas específicas anti-ácaro. Esta conduta reduzirá o acúmulo de alérgenos que frequentemente ficam retidos nestes objetos.
  • O travesseiro idealmente deve ser de espuma (evitar travesseiros de pena). Alguns travesseiros são laváveis. Os que não forem, devem ser expostos frequentemente ao sol e trocados no máximo uma vez ao ano. 
  • Lave semanalmente a roupa de capa com água quente, em uma temperatura acima de 55 graus. Acima desta temperatura é possível uma expressiva redução na quantidade de ácaros que se proliferam nos lençóis e fronhas.
  • Se possível, deixe a roupa de cama e roupa do paciente alérgico secar ao sol.
  • Caso você não tenha a possibilidade de lavar a roupa de cama em água quente, outra opção seria ar com ferro quente.
  • Ainda sobre as roupas: tenha o cuidado de só guardar as roupas se elas estiverem completamente secas. Guardar uma roupa úmida pode favorecer a proliferação de fungos e ser mais um gatilho para as alergias.
  • Roupas raramente usadas devem ser arejadas antes do uso ou até mesmo lavadas se estiverem guardadas há muito tempo. 
Cuidados com limpeza da cama são importantes – Foto: DivulgaçãoCuidados com limpeza da cama são importantes – Foto: Divulgação
  • Lembre-se de fazer uma limpeza cuidadosa do estrado da cama uma vez por mês. É um local frequentemente esquecido e pode acumular mofo e poeira.
  • Evite cobertores de pelos, dando preferência aos de fibra sintética.
  • O quarto do paciente alérgico deve ser muito limpo e arejado; a limpeza deve ser feita com um pano úmido e um pouco de álcool. Evitar o uso de vassouras que podem levantar a poeira doméstica, deixando-a em suspensão.
  • O ideal é que o quarto do alérgico não tenha tapetes, carpetes ou cortinas de tecido. Caso não seja possível evita-los, a limpeza destes itens deve ser regular. 
  • Móveis estofados (sofás ou poltronas) devem ser revestidos de material sintético ou ao menos serem impermeabilizados. 
  • Mantenha os animais domésticos na área externa do domicílio, como quintais, jardins ou varandas. Caso não seja possível, ao menos limitar a circulação dos animais dentro do quarto do paciente alérgico. Além disso a limpeza dos pequenos animais deve estar em dia. 
  • Caso existam fumantes na residência do alérgico, eles devem fumar no ambiente externo da casa. 
  • Atenção ao uso de aparelhos de ar condicionados. O filtro e ductos do ar condicionado podem ser reservatórios de ácaros e fungos, portanto a limpeza e manutenção dos aparelhos precisa estar em dia. 
  • Além disso, recomendamos evitar a exposição a temperaturas ambientes muito baixas e a oscilações bruscas de temperatura. Isso pode trazer piora nos sintomas nasais. O termostato do aparelho deve ser regulado para uma temperatura ambiente agradável, jamais muito baixa.
  • Evitar perfumes e produtos com fragrâncias intensas. 
  • Cuidado com a automedicação: o uso de alguns descongestionantes nasais tópicos de forma indevida pode gerar dependência e outros problemas para a saúde. 

Edição: Alessandra Cavalheiro / Mtb. 9775

Adote estas dicas e respire mais saúde!

Dra Fernanda Fiorese Philippi
Médica Otorrinolaringologista
CRM/SC 13496 RQE 6769
www.fernandaphilippi.com.br

Material desenvolvido baseado no IV Consenso Brasileiro em Rinites – Atualização em Rinite Alérgica. Braz J Otorhinolaryngol. 2018;84(1):3-14.